05.10.2016
Nelly Almeida, Matheus Pires Cardoso e Antonio Carlos Ribeiro
Nelly Almeida, Matheus Pires Cardoso e Antonio Carlos Ribeiro
Formação da Mesa de Honra (Foto: UFT/Victor Wender)
A abertura oficial da XIII Semana Acadêmica da Matemática (Semat) e do IV Encontro Regional de Educação Matemática, da Universidade Federal do Tocantins (UFT), Câmpus de Araguaína, começou com o cântico do Hino Nacional Brasileiro e a formação da mesa diretora, composta pelo Prof. Dr. José Manoel Sanches da Cruz, Diretor do Câmpus, do Prof. MSc Freud Romão, coordenador do Curso de Matemática, e do Prof. Dr. Jamur Venturin, Coordenador do Evento.
O momento cultural, anunciado pelo Mestre de Cerimônia Kelson
Araújo, contou com a participação da cantora Karla Gracielle Cunha, aluna
do Curso de Logística, e do violonista Adriano Rodrigues, aluno do Curso
de Matemática, que apresentaram um pout-pourri
da música da banda Legião Urbana.
Momento Cultural (Foto: UFT/Victor Wender)
O Prof. José Manoel declarou o evento aberto, desculpou-se
por não ser versado em matemática, por ter optado por Letras, agradeceu aos
organizadores e parabenizou o Colegiado pela escolha do tema. O Prof. Freud
elogiou o coordenador da Semat pela organização, feita exclusivamente com
recursos próprios. E o Prof. Jamur agradeceu o empenho de docentes e discentes
para a realização do evento.
A Conferência de Abertura, intitulada 'As políticas públicas
para a formação de professores de Matemática' foi proferida pelo Prof. Dr. José
Expedito Cavalcante, do Colegiado de Química, da UFT-Araguaína, que traçou uma
linha histórica da educação brasileira desde as 'Aulas Régias do Marquês de
Pombal' (1772), no Brasil Colônia, até a atualidade, passando pelo Reino Unido
de Portugal, Brasil e Algarves (1815), a Independência (1822), e possibilitando
a priorização do Ensino de Letras e Matemática (1827), destacou.
Cavalcante faz a Conferência de Abertura (Foto: UFT/Victor Wender)
Apesar desse avanço e do descaso da nobreza, o país atravessou
mais de meio século – da Independência à Proclamação da República em 1889, ano
seguinte ao fim da escravidão – com 85% de analfabetos, condição que agravava a
ausência de direitos das mulheres e escravos, excluídos de qualquer
participação social. A mudança se dá apenas em 1890, quando Benjamin Constant – militar, engenheiro, professor e estadista – que rompe com a
tradição humanista e passa a privilegiar as Ciências Naturais. O país
esperou até 1912 pela sua primeira universidade – que durou três
anos – e até 1920, quando surgiu a Universidade do Rio de Janeiro.
Só em 1931, mais de 20 anos depois, surgiu o Estatuto da
Universidade Brasileira, chamada Faculdade de Educação, Ciências e Letras, e o país esperou até 1937 para ter sua Faculdade Nacional de Educação. O
crescimento continuou até que surgisse o atual Sistema Articulado de Educação,
com a colaboração do Pacto Federativo, que preconizou a unidade nacional e
possibilitou a legislação através da Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional, sempre reformulada até a LDB 9394/96.
Para Cavalcante, isso propiciou o surgimento das políticas
públicas voltadas para o Ensino, que incluíram dezenas de programas – em que se
destacam o FUNDEB, o Transporte Escolar, a Alfabetização, o Piso do Magistério,
o Acesso à Universidade, o Luz Para Todos, o Parfor e o Prodocência, entre outros – que levaram a federação a ver as reais dificuldades e as situações
enfrentadas pelas universidades.
Isso permitiu enxergar as demandas sociais, as necessidades
vitais de grupos coletivos, a prospecção das demandas e as conquistas sociais.
Mesmo asseguradas por leis, há desafios na articulação legislação-políticas
públicas, as limitações de financiamento (bolsas), as metas e a ausência de
metas intermediárias, a monitorização do Plano Nacional de Educação e o papel
da Universidade Pública de 'amarrar o desenvolvimento científico'.
Os grandes avanços dos últimos 14 anos nos estimulam à construção de uma universidade que busque o diálogo com a Escola Pública, integre os Ensinos Fundamental e Médio, estimule a produção e difusão de saber pedagógico e seja socialmente justa. E concluiu pedindo o apoio dos presentes a essas propostas que, nesta região, culminam na criação da Universidade Federal do Norte do Tocantins (UFNT).
Os grandes avanços dos últimos 14 anos nos estimulam à construção de uma universidade que busque o diálogo com a Escola Pública, integre os Ensinos Fundamental e Médio, estimule a produção e difusão de saber pedagógico e seja socialmente justa. E concluiu pedindo o apoio dos presentes a essas propostas que, nesta região, culminam na criação da Universidade Federal do Norte do Tocantins (UFNT).
'Universidade que busque o diálogo com a Escola Pública' (Foto: UFT/Victor Wender)
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