sábado, 29 de abril de 2017

Press Release – Ano 2 – nº 035 – 29 de abril de 2017

Editorial
   O Informativo e sua contribuição para o câmpus e os habitantes de Araguaína
   http://bit.ly/2oTWMyx

Edital
   Edital nº 010-2017 PPGL convoca os aprovados para as arguições da III Etapa do processo seletivo
   http://bit.ly/2q9x2ml

   Prazo para inscrição nos programas Pibic, Pibiti e Pivic encerra nesta quarta http://bit.ly/2pAzqD0

Informes
   PPGL informa http://bit.ly/2oxNo8u

Restaurante Universitário
   Restaurante Universitário, Câmpus de Araguaína - Unidade Cimba, indaga http://bit.ly/2pnqU9j

   RU Cardápio 018 02 a 05 maio 2017 http://bit.ly/2psE9U7

Semana Cultural
   5ª Tropeada de Muladeiros do Norte do Tocantins http://bit.ly/2oWKaaG

Notícia
   Nova gestão do GTI toma posse e Labin indígena recebe computadores http://bit.ly/2oKvf7v

   Vacinação contra febre aftosa começa a partir da segunda-feira (01/05) http://bit.ly/2qr54z4

   Mestrados estudam cultura, escrita e oralidade indígenas http://bit.ly/2oWBu42

TV UFT Araguaína
   Seminário Regional sobre o Projeto que cria a UFNT - Transmissão ao vivo
   http://bit.ly/2qgq8ZL

Imagem
   Jean Piaget http://bit.ly/2qqvRM1


Antonio Carlos Ribeiro
Reg. Prof. FENAJ 7235

Se desejar ler o Jornal UFT Araguaína acesse informativoarag.blogspot.com.br
Para ler os Press Release, clique no http://bit.ly/2c3rnc7

Editorial - o Informativo e sua contribuição para o câmpus e os habitantes de Araguaína

29.04.2017

Durante esses quatorze anos de criação da Universidade Federal do Tocantins, temos observado um grande avanço nas atividades de Ensino, Pesquisa e Extensão, tanto no que se refere à quantidade como na qualidade. Por mais que a Universidade tenha dispensado esforços no sentido de tornar públicas as suas ações, a estrutura multicampi termina comprometendo a divulgação dessas ações.

Araguaína, por ser o maior câmpus do interior, vem intensificando a cada dia sua política de incremento à pesquisa e à extensão em seus cursos, sempre primando pela melhoria da qualidade do Ensino, com a criação de novos cursos de graduação e de pós-graduação. Esse crescimento vai demandando iniciativas que promovam o câmpus junto à comunidade interna e externa, aumentando sua credibilidade e criando um veículo que estreita esse relacionamento com a sociedade.

A nova gestão, iniciada em agosto de 2016, procurando dar mais visibilidade às atividades acadêmicas e aproveitando o potencial de professores e estagiários dos programas de Pós-Graduação, instituiu o Informativo Araguaína, sob a coordenação do Prof. Dr. Luiz Roberto Peel Furtado de Oliveira, a atuação editorial do Estagiário pós-doutoral do Programa de Pós-Graduação em Letras, Antonio Carlos Ribeiro e a atuação do Desenvolvedor Web Augusto César Ferreira Barbosa.

A primeira edição do Informativo Araguaína veio a público em 16 de agosto de 2016, e nesta edição conseguimos atingir a marca de mais 100 mil visualizações das matérias publicadas. Esse número, atingido em tão pouco tempo, demonstra a autonomia da nossa comunidade acadêmica de falar a partir do campus, de falar de nós mesmos e das conquistas dos diversos colegiados de graduação, dos programas de mestrado profissionais e acadêmicos, de doutorado e pós-doutorado, conquistando autonomia informativa ao publicar suas próprias notícias.

Desse modo, o Informativo Araguaína tem se constituído não apenas numa eficiente ferramenta de divulgação e publicização das atividades desenvolvidas aqui, atraindo os mais diversos olhares de pessoas da cidade, do Estado, do país e do mundo a respeito dos avanços alcançados na cidade de Araguaína e sendo instrumento da construção da própria identidade do câmpus.

Nessa edição que comemora as mais de cem mil visualizações, na qualidade de Diretor dessa unidade, quero parabenizar à Coordenação do Projeto, ao coordenador, ao editor, ao desenvolvedor Web e a todos os colaboradores desse empreendimento acadêmico, pela valiosa contribuição no registro de nossa memória acadêmica, marcando assim, um novo tempo na trajetória deste câmpus, que a cada dia vem se constituindo - dentro das condições que as circunstâncias políticas, sociais e históricas lhe possibilitam - num espaço de elevação do nível intelectual dos habitantes da cidade de Araguaína e região, condição essencial para a edificação dos homens e das mulheres, enquanto sujeitos sociais e enquanto profissionais qualificados para a vida e para o mundo do trabalho. 

Prof. Dr. José Manoel Sanches da Cruz Ribeiro
Diretor do Câmpus de Araguaína

Vacinação contra febre aftosa começa a partir da segunda-feira (01/05)

29.04.2017


Caroline Peixoto (Cenário Rural)

A primeira etapa da Campanha de Vacinação contra Febre Aftosa se inicia na próxima segunda-feira (1º) e ocorrerá até dia 31/05. Todos os bovinos e bubalinos, independente da faixa etária, receberão a dose da vacina. Nesta etapa, serão envolvidos 8,6 milhões animais no Tocantins, distribuídos em aproximadamente 56,5 mil propriedades rurais.

A meta do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) é imunizar 198 milhões de bovinos e bubalinos durante todo o mês de maio em 22 estados e no Distrito Federal. O número representa mais de 90% do rebanho do país, de 217,5 milhões de cabeças.

Os altos índices vacinais, aliado às ações de defesa sanitária, tornaram o Tocantins referência nacional contra febre aftosa. Somos habilitados a exportar carnes, produtos e subprodutos para mais de 130 países. Nossa carne é de alta qualidade e tem atraído o interesse de mercados nacionais e internacionais.

De acordo com os dados da Superintendência Federal da Agricultura (SFA-TO), em 2016, o Tocantins exportou 33,1 mil toneladas de carnes e miúdos. Entre os maiores compradores estão: Rússia, Hong Kong, Egito, Emirados Árabes e o Chile. No mesmo ano, os frigoríficos registrados no Serviço de Inspeção Federal (SIF) abateram 939,8 mil cabeças de bovinos.

O produtor rural deverá declarar a vacinação até 10 dias após a compra da vacina, no escritório da Adapec. Vale lembrar que a multa para quem deixar de vacinar é de R$ 5,32 por animal e R$ 127,69 por propriedade não declarada, além de ter a ficha cadastral bloqueada e ficar impedido de movimentar o rebanho.


Cuidados

Para que o rebanho fique protegido contra a aftosa, os criadores devem ter certos cuidados:

- Compre as vacinas somente em lojas registradas;
- Verifique se as vacinas estão na temperatura correta: entre 2° C e 8° C. Para transportá-las, use uma caixa térmica, coloque três partes de gelo para uma de vacina e lacre;
- Mantenha a vacina no gelo até o momento da aplicação. Escolha a hora mais fresca do dia e reúna o gado. Lembre-se: só vacine bovinos e búfalos;
- Durante a vacinação, mantenha a seringa e as vacinas na caixa térmica e use agulhas novas, adequadas e limpas. A higiene e a limpeza são fundamentais para uma boa vacinação;
- Agite o frasco antes de usar e aplique a dosagem certa em todos os animais: 5 ml;
- O lugar correto de aplicação é a tábua do pescoço, podendo ser no músculo ou embaixo da pele. Aplique com calma;
- Lembre de preencher a declaração de vacinação e entregá-la no serviço veterinário oficial do seu estado junto com a nota fiscal de compra das vacinas.
Fonte: Ministério da Agricultura, ADAPEC

*Caroline (Cenário Rural) é jornalista e tem parceria de trabalho com a Universidade Federal do Tocantins (UFT) - Escola de Medicina Veterinária e Zootecnia (EMVZ) 

sexta-feira, 28 de abril de 2017

Seminário Regional sobre o Projeto que cria a UFNT - Transmissão ao vivo

28.04.2017

O Informativo Araguaína, da Universidade Federal do Tocantins, Câmpus de Araguaína, disponibiliza o link de transmissão do Seminário Regional sobre o Projeto que cria a UFNT, transmitindo direto do Câmpus de Tocantinópolis.



O tema do Seminário é Universidade Federal do Tocantins, desafios atuais e perspectivas futuras, proposto pela Deputada Federal Josi Nunes, relatora do PL 5274/16 na Câmara dos Deputados. Assista agora:


RU Cardápio 018 02 a 05 maio 2017

28.04.2017
O cardápio elaborado por Yasmym Oliveira de Morais e aprovado por
Thalita Lin Netto Candido, nutricionista fiscal da UFT,
traz o menu de 02 a 05 de maio de 2017, é:

3ª-feira - dia 02




Prato principal
coxa e sobrecoxa assada

Salada
tomate com pepino
repolho com couve
acelga com rúcula

Guarnições
creme de milho
Jardineira de legumes (chuchu, cenoura, brócolis, couve-flor)
arroz branco
feijão carioca

Suco
acerola

Sobremesa
paçoca

Opção vegetariana
ovos cozidos com orégano


4ª-feira - dia 03


Prato principal
bife ao molho madeira

Salada
alface
tomate, couve e repolho
cenoura ralada

Guarnições
farofa de banana
macarrão parafuso ao sugo
arroz branco
feijão carioca

Suco
goiaba

Sobremesa
laranja

Opção vegetariana
torta de palmito e milho


5ª-feira - dia 04


Prato principal
carne moída com abóbora kabotiá

Salada
vinagrete
alface
acelga com tomate

Guarnições
purê de batata
farofa de trigo com calabresa e bacon
arroz branco
 feijão caarioca

Suco
caju

Sobremesa
maçã

Opção vegetariana
grão de bico com legumes


6ª-feira - dia 05


Prato principal
panqueca de frango ao molho branco

Salada
alface
tomate com repolho
beterraba ralada

Guarnições
cenoura à primavera (milho e ervilha)
purê de batata doce
arroz branco
 feijão carioca

Suco
maracujá

Sobremesa
gelatina de morango

Opção vegetariana
ovos mexidos com legumes

quinta-feira, 27 de abril de 2017

Nova gestão do GTI toma posse e Labin indígena recebe computadores

27.04.2017

Erica Regina

Na manhã desta quinta-feira (27), os novos representantes do Grupo de Trabalho Indígena (GTI), da Universidade Federal do Tocantins (UFT), tomaram posse afim de iniciar os trabalhos voltados às questões dos povos indígenas na Universidade. O evento foi realizado no novo laboratório do GTI, localizado no Bloco G, sala 5, no Câmpus de Palmas. Representando o novo grupo, estavam presentes o presidente, Igor Mateus de Sá (Pankará); o primeiro conselheiro, Herbert Nunes (Atikum); e o conselheiro fiscal, Cícero dos Santos (Pankará).

Momento da posse da nova diretoria do Grupo de Trabalho Indígena (GTI)
(Foto: Erica Regina/Dicom)

Também estavam presentes na posse da nova gestão do GTI, a pró-reitora de Extensão, Cultura e Assuntos Comunitários, Maria Santana Milhomem; a diretora do Câmpus de Palmas, professora Ana Lúcia de Medeiros, a diretora de Acessibilidade e Educação Inclusiva da UFT, professora Núbia dos Santos; os professores Héber Grácio e Reijane Pinheiro da Silva e o pesquisador Adriano Castorino - todos ligados a estudos e pesquisas ligados à área indígena -, além da pedagoga do Apoio ao Estudo e à Carreira do Câmpus de Palmas, Sirlene Maria de Oliveira.

Na ocasião, Igor Pankará falou sobre os projetos que serão desenvolvidos a partir de agora com a reativação do Grupo. “Vamos retomar a Calourada Indígena; pretendemos estabelecer a Feira de Cultura, e realizar pelo menos mais dois seminários relacionados às questões dos povos indígenas, além de promover apresentações culturais, entre outras atividades. Teremos um cronograma de ações para seguir". Segundo ele a intenção é alcançar a permanência do estudante indígena na UFT, dar visibilidade, recebê-lo, minimizar o choque cultural, e por fim, aumentar cada vez mais o número de indígenas nas salas de aulas.


Computadores

A diretora Núbia oficializou a entrega de dez computadores para compor o novo laboratório de informática (Labin) do GTI, e contribuir com o Programa Institucional de Monitoria Indígena (Pimi/UFT). A diretora explica que as políticas de inclusão e acesso dentro da Universidade são fundamentais. “Eu tive a oportunidade de participar de dois seminários indígenas, e me sensibilizo bastante com as dificuldades enfrentadas por eles dentro da Universidade. O Programa de Acessibilidade e Educação Inclusiva (Paei/UFT) quer contribuir com a mudança desse cenário e fortalecer a permanência indígena na UFT, já que somos pioneiros na política de cotas para índios”, disse.

A pró-reitora Maria Santana falou acerca dos próximos passos em relação às políticas de permanência indígena na UFT. “Provavelmente haverá uma pauta na próxima reunião do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Consepe/UFT) destinada a abordar o ingresso e a permanência dos estudantes indígenas na universidade. A intenção é criar normativas e políticas voltadas para atendimento dos indígenas e quilombolas da UFT. Estamos estudando a possibilidade de estabelecer uma diretoria para lidar com essas questões, e poder atender essa grande demanda que já é antiga”, disse.

Segundo Igor Pankará, a inauguração do novo laboratório de informática do GTI está prevista para acontecer na semana que vem, após montagem de todos os equipamentos, e sua finalidade será dar apoio e visibilidade aos povos indígenas da UFT. “Queremos funcionar como ponto de encontro, ensino, pesquisa e extensão para esses estudantes, e dessa forma, fazer com que se sintam acolhidos na universidade”, finalizou.

5ª Tropeada de Muladeiros do Norte do Tocantins

27.04.2017


Caroline Peixoto (Cenário Rural)*

Hoje, 5º dia de viagem, os tropeiros chegam a 130 km em cima do lombo de seus muares. Nesse momento cada participante lembra de suas famílias, negócios, responsabilidades, tarefas, deixados por um momento de lado, para firmação do compromisso de uma tradição passada de geração à geração com muita fé e amor.

Os muares, animais de grande importância na história do Brasil, nunca poderão ser esquecidos. Graças ao trabalho de burros e mulas, o Brasil cresceu, evoluiu e se desenvolveu sobre o lombo dos resistentes burros e mulas, foram transportados alimentos e mercadorias diversas.

“A Tropeada dos Muladeiros é uma revitalização da cultura do tropeirismo, na qual, os participantes revivem as dificuldades passadas por seus pais, avós, parentes e amigos para povoar nosso estado”, diz Leandro Lopes, um dos comissários responsáveis pela organização do evento.

O trajeto se deu início na fazenda Nossa Senhora Aparecida, em Darcinópolis, e a previsão de chegada acontece nesta sexta-feira, 28 de Abril, na fazenda Gurupi, próximo a Augustinópolis. O encerramento acontecerá no sábado, dia 29 de Abril, com desfile de Muares pelas principais ruas e avenidas de Augustinópolis.  Após o desfile, acontece a famosa queima de alho e diversas homenagens no Parque de Exposição Dilson Martins de Oliveira.

Traçar um trajeto de 160 km no lombo de um animal, debaixo de sol ou chuva, descreve o amor pela terra; amor por uma tradição de um povo guerreiro, que luta para não deixar cair no esquecimento de nossa geração futura, a luta daqueles que no decorrer de anos construíram nossa morada.


Leandro Lopes – Um dos comissários responsáveis pela organização do evento

*Caroline (Cenário Rural) é jornalista e tem parceria de trabalho com a Universidade Federal do Tocantins (UFT) - Escola de Medicina Veterinária e Zootecnia (EMVZ) 

Transcrito de http://www.cenariorural.com.br/2017/04/27/5a-tropeada-de-muladeiros-do-norte-do-tocantins/

Mestrados estudam cultura, escrita e oralidade indígenas

27.04.2017

Paulo Aires

No Câmpus de Araguaína, está em curso uma disciplina que tematiza a literatura indígena. Sob o título "Culturas da escrita e culturas da oralidade nas Américas", a matéria envolve um esforço interdisciplinar entre uma geógrafa, um historiador e um crítico literário. É uma parceria desenvolvida entre dois programas de Pós-Graduação do Câmpus da UFT em Araguaína: o Programa de Estudos de Cultura e Território (PPGCult) e o Programa de Ensino de Línguas e Literaturas (PPGL).



O Karaíba, de Daniel Munduruku, é uma das obras estudadas (Foto: Divulgação)

Estudar as questões da cultura e da literatura dos povos indígenas das américas é um ato mais que oportuno, uma ação necessária. A Universidade não pode se distanciar dessa causa, quase sempre relegada ao olvido da história.

A memória das américas está palmilhada da história dos povos indígenas. No Tocantins, temos a presença de sete nações indígenas. A UFT conta com expressivo número de alunos desses povos tocantinenses e de outros estados. A literatura lida e comentada durante séculos não encampava a escrita e a oralidade desses povos.

A disciplina objetiva analisar a produção ficcional de escritores indígenas brasileiros e canadenses; está contextualizada teoricamente no campo dos Estudos Culturais Latino-americanos. Com início no mês de fevereiro, os estudos seguem até o final de junho.


Islands of Decolonial Love, de Leanne Simpson, é a obra canadense alvo de estudos (Foto: Divulgação)


Os alunos vão produzir artigos e sua avaliação se dará a partir da publicação em revistas qualificadas pela Capes. O encerramento culminará com uma Roda de Conversa com o escritor Apinajé Julio Kamer Ribeiro Apinajé, mestrando em Antropologia Social pela UFG. A disciplina será ofertada novamente no ano que vem, 2018.1, nos dois Programas.

A ideia do curso vem da necessidade de visibilizar a produção literária de escritores indígenas e problematizar as estratégias, intenções e contextos dessas produções. As aulas são ministradas, uma vez por semana, com os três professores em sala.


Considerações dos docentes

Segundo o historiador e professor Dernival Venâncio Ramos Júnior, o grupo já está encerrando as discussões teóricas e os estudos de casos históricos. Nas próximas semanas, iniciam-se os estudos dos romances nacionais que tratam das culturas indígenas (como Simá, de Lourenço Amazonas; História do Ventríloquo, de Patrick Melville), para depois analisar as obras escritas por escritores indígenas contemporâneos: Daniel Munduruku e Leane Simpson.


                                   Dernival Venâncio Ramos Júnior
                                   (Foto: Paulo Aires/UFT) 

Ramos Júnior destaca que a disciplina objetiva fazer uma trajetória histórica da relação entre culturas da oralidade de matriz indígenas e não indígena; e da escrita de matriz indígena e não indígena, nas américas. “Para isso lançamos mão do estudo particular de alguns exemplos históricos: por exemplo, a escrita Azteca e Maia, a relação entre cultura escrita europeia e a cultura oral indígena nos Andes, o estudo dos letrados indígenas no período colonial como Poma de Ayala, dentre outros.”

Ainda no âmbito dos conteúdos a serem abordados, Ramos Júnior acrescenta que será objeto de estudo casos como o do grupo Desana, do Amazonas, que decidiram registrar por escrito, e em português, a sua narrativa de origem do mundo.                                                                                                

“Também estudaremos as representações - e apropriações de sua cultura - dos grupos indígenas nas literaturas nacionais na América, dando contexto para entender a produção de literatura nas línguas nacionais do Brasil e Canadá, por intelectuais indígenas”, conclui.

Kênia Gonçalves Costa
(Foto: Paulo Aires/UFT)

Para a geógrafa, professora Kênia Gonçalves Costa, doutora em Geografia, discorre que a disciplina, por meio dos conhecimentos/saberes num caminhar transdisciplinar e decolonial, propõe um diálogo com a literatura indígena dentro das culturas orais e escritas. Argumenta que os conhecimentos ameríndios repassados oralmente colaboram, há tempos, na autorrepresentação e na instituição da sociedade não-indígena, pois a base da formação identitária não tem como ser desassociado das matrizes indígenas.


“Para inserção/manutenção de seus saberes, esses povos insere-se no contexto cultural da escrita como uma desobediência epistêmica, porém, mesmo que não intencional, nos brinda com narrativas nacionais, fatos históricos e contextos específicos contextualizados em suas narrativas literárias a partir de uma visão descolonizadora”, pontua Kênia Gonçalves que sugere estabelecer diálogos com escritores indígenas do estado do Tocantins.

Já o crítico literário, professor Marcio de Araújo Melo, enfatiza a importância desse estudo: “É de suma relevância o estudo das literaturas indígenas pelo fato de se fazer um reconhecimento dessas literaturas, colocando em pauta debates necessários na atualidade, sobretudo para profissionais que atuam no âmbito educacional”.

                                 
                                                        Marcio de Araújo Melo
                                                        (Foto: Paulo Aires/UFT)



Opinião dos pós-graduandos

Dos alunos que integram o grupo de estudo, Aloísio Orione sublinha que “a importância de se estudarmos a oralidade das culturas dos povos tradicionais está ligada ao reconhecimento de que as culturas orais de todos os povos devem ser valorizados como fonte de acumulação de conhecimento, de sabedoria e de empoderamento popular e dos grupos ameríndios. Empoderamento que permite o respeito à linguagem oral, a identidade e a memória de um grupo social humano”.


Alunos da disciplina Culturas da escrita e culturas da oralidade nas Américas
(Foto: Paulo Aires/UFT)

A pós-graduanda Maria Leal anota que o nome da disciplina atraiu sua atenção e que as expectativas em cursá-la eram de conhecer um pouco sobre o papel da oralidade e escrita nas Américas. Está sendo muito interessante, pois a cada nova discussão, percebe-se como os “sujeitos” se constituíam e se constituem na literatura americana e quais representações sociais se constituíram na literatura das Américas a partir da relação entre oralidade e escrita, e ainda o quão foi e é relevante a cultura oral para a literatura das Américas e, no entanto, constantemente tem ficado à margem das discussões acadêmicas.

“Outro aspecto importante a se enfatizar é a discussão acerca da escrita, seu surgimento, difusão e valoração de uma em detrimento de outras. Esses são os destaques iniciais relativos à disciplina, acredito que até o final do semestre algumas dúvidas serão elucidadas e outras tantas surgirão”, opina Maria Leal.

Ementa da disciplina

Língua, cultura e poder. Culturas orais, culturas da escrita e literatura. Culturas orais e escritas entre os povos ameríndios. Colonialidade, povos ameríndios e a cultura escrita. Os Estados nacionais, os ameríndios e a cultura escrita: O indígena inscrito pela narrativa nacional. Usos da cultura escrita, desobediência epistêmica autorepresentação. Língua, cultura e poder. Culturas orais, culturas da escrita e literatura. Culturas orais e escritas entre os povos ameríndios. Colonialidade, povos ameríndios e a cultura escrita. Os Estados nacionais, os ameríndios e a cultura escrita: O indígena inscrito pela narrativa nacional. Usos da cultura escrita, desobediência epistêmica autorrepresentação.



Os professores

Dernival Venâncio Ramos Júnior. Doutor em História, com foco em História Cultural, pela Universidade de Brasília (2009), com pesquisa sobre a relação entre Literatura e História.

Márcio de Araújo Melo. Doutor em Estudos Literários pela Universidade Federal de Minas Gerais (2006). Tem experiência na área de Letras, com ênfase em Literatura Brasileira, com pesquisa sobre as João Guimarães Rosa.

Kênia Gonçalves Costa. Doutora em Geografia pela Universidade Federal de Goiás (2014), com pesquisa sobre cartografia social dos povos Iny da Ilha da Bananal.

Jean Piaget

27.04.2017

A inteligência não principia, pelo conhecimento do eu nem pelo das coisas como tais, mas pelo da sua interação; e é orientando-se simultaneamente para os dois pólos dessa interação que a inteligência organiza o mundo, organizando a si própria (PIAGET, 1975).



Jean William Fritz Piaget (Neuchâtel, 9 de agosto de 1896 - Genebra, 16 de setembro de 1980) biólogo, psicólogo e epistemólogo suíço, considerado um dos mais importantes pensadores do século XX. Defendeu uma abordagem interdisciplinar para a investigação epistemológica e fundou a Epistemologia Genética, a teoria do conhecimento com base no estudo da gênese psicológica do pensamento humano.

quarta-feira, 26 de abril de 2017

PPGL informa

O Programa de Pós-Graduação em Letras (PPGL) informa que a disciplina "Fonologia, Variação e Ensino"​, a ser ministrada pelo Prof. Francisco Edviges Albuquerque, iniciará suas atividades no dia 09 de maio de 2017 (terça-feira), às 8h, na sala 01, Bloco PPGL.

terça-feira, 25 de abril de 2017

Prazo para inscrição nos programas Pibic, Pibiti e Pivic encerra nesta quarta

25.04.2017

Lukas Ramos

Nesta quarta-feira (26), encerra o prazo de inscrições para seleção dos Programas Institucionais de Bolsas de Iniciação Científica (Pibic, Pibic-AF e Pibiti) e o Programa Institucional Voluntário de Iniciação Científica (Pivic). A Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (Propesq) publicou as mudanças no cronograma por meio de um Edital de Retificação.

As inscrições devem ser feitas eletronicamente no Sistema de Avaliação e Seleção de Bolsas de Iniciação Científica (Sasbic), pelo endereço www.sasbic.uft.edu.br.

Os programas visam selecionar alunos e pesquisadores para participarem do desenvolvimento de projetos, no período de 01 de agosto de 2017 até 31 de julho de 2018. As informações sobre o processo de inscrição e documentação necessária podem ser encontradas no edital de abertura.

O resultado final será divulgado no dia 10 de julho. Maiores informações disponíveis nos editais de Abertura e de Retificação.

Restaurante Universitário, Câmpus de Araguaína - Unidade Cimba, indaga


O Restaurante Universitário, Câmpus de Araguaína - Unidade Cimba, precisa de sua resposta:
Você, técnico administrativo/a, professor/a e aluno/a pretende usar o Restaurante Universitário para:

a - Almoçar (11h às 13h30)?
b - Jantar (18h às 20h)?
c - Fazer as duas refeições?

Envie as respostas até o dia 6 maio para:





segunda-feira, 24 de abril de 2017

Edital nº 010-2017 PPGL convoca os aprovados para as arguições da III Etapa do processo seletivo

24.04.2017

Segue o edital do PPGL convocando os aprovados na II Etapa para as arguições referente à III Etapa do processo seletivo para alunos regulares de Mestrado e Doutorado em Letras: Ensino de Língua e Literatura.

Maiores informações, estamos à disposição.

http://docs.uft.edu.br/share/s/zlpO2Yz8Tva3NlajvGAWgg