sexta-feira, 10 de novembro de 2017

García Márquez ainda move paixões na AL e no Caribe

10.11.2017

Antonio Carlos Ribeiro


A I Jornada de Estudos Caribenhos do Câmpus de Araguaína, realizada nesta 6ª feira (10), é promovida pelo Programa de Pós-Graduação em Estudos de Cultura e Território (PPGCult) e o Curso de História, com apoio da Universidade Estadual da Região Tocantina do Maranhão (UEMASUL), foi aberta com uma mesa redonda sobre o tema Miradas inter/multidisciplinares sobre Cem anos de solidão, do escritor colombiano Gabriel García Márquez, o Gabo.



A mesa branca de borboletas e girassois amarelos foi composta pelos professores doutores Dernival Venâncio Ramos Jr., Plábio Marcos M. Desidério e Olívia Macedo M. Cormineiro, do Colegiado de História e PPGCult, Márcio de Araújo Melo e Luiza Silva, do Colegiado de Letras e Programa de Pós-Graduação em Letras - PPGL, e Jean Carlos Rodrigues, do Colegiado de Geografia e PPGCult.

O romance Cem anos de solidão, foi debatido desde suas origens, quando o autor trouxe o conjunto de sua experiência jornalística - como repórter da agência de notícias cubana Prensa Latina - para a Literatura, à qual dedicou a segunda parte da sua vida.

Ele descobriu que narrar no tempo presente supõe alinhavar dados históricos e fatos da atualidade, quando a paixão mantém o coração pulsando, articulando a memória e a espera, e aglutinando dimensões do passado, presente e futuro. Nesse terreno fértil, Gabo aprendeu que a tessitura da intriga é o centro da narrativa e, por isso, tem a função de mediar. Sem se deixar apanhar pelos ditadores.

Narrar exige paixão, sobretudo com os golpes e ditaduras, como quem apresenta relatos contados por mercadores e comerciantes aos circunstantes em tabernas, praças e cais, em processos que implicam recursos das narrativas como gestualidade, entonação da voz e o código linguístico, integrados na linguagem. Ao lado da militância política e de ter ganho o Prêmio Nobel de Literatura, o primeiro concedido a um autor latino-americano. 

Imagem: Douglas Ferreira

Eric Nepomuceno é um autor, jornalista e tradutor brasileiro. São dele as traduções para o português de obras de importantes autores latino-americanos como Jorge Luis Borges, Julio Cortázar e Gabriel García Márquez. Suas traduções renderam-lhe três Prêmios Jabuti e outro, que recebeu por sua investigação sobre o Massacre de Eldorado dos Carajás (PA).

É por isso que a força, a luta política e a cultura literária de professores de três colegiados se unem no relato da literatura de García Márquez, neste dia de sol tropical e paixões latinas.


Imagens da exibição do filme 'O amor nos tempos do cólera', baseado na obra homônima do grande autor caribenho homenageado

Imagens do filme O amor nos tempos do cólera, com a atriz brasileira Fernanda Montenegro

Parte da plateia que assiste ao filme O amor nos tempos do cólera

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