terça-feira, 9 de maio de 2017

Evento discute a interferência do agronegócio na vida dos camponeses e indígenas

09.05.2017

Paulo Teodoro

Com o objetivo de discutir as consequências da expansão do agronegócio no campo, ocorre nesta quarta e quinta-feiras (10 e 11 de maio) o evento "Os movimentos sociais e a expropriação camponesa para a expansão do território do agronegócio: conflitos e resistência". Organizado pelo Grupo de Estudos Agrários e Direitos Humanos (GEADH), a Comissão Pastoral da Terra (CPT) e pelo Centro Acadêmico de Geografia Dina do Araguaia (Cageo), o evento será no Câmpus da UFT em Araguaína, no auditório II da Unidade Cimba.

De acordo com o professor do curso de Geografia, Alberto Pereira Lopes, o evento foi organizado em função do intenso crescimento do setor de agronegócio e a expropriação e criminalização camponesa, além da atual proposta de reforma trabalhista, que afeta trabalhadores rurais e torna legal a existência do que ele chama de "escravo contemporâneo". "É importante compreender a questão da terra no Brasil, a partir dessa análise do Tocantins, diante dessa concentração de área. Além do mais, essa nova modalidade de trabalho no campo, torna invisível os problemas causados", afirma.

O evento contará com mesas-redondas, além de minicursos e conferências que abordarão justamente o resultado do crescimento do agronegócio, tendo como ponto de vista os maiores afetados com isso: trabalhadores rurais, sem-terra, indígenas, dentre outros. Além dessas ações, será discutido o caderno de conflitos no campo e os seus dados, que será lançado durante o evento. "Esse é um momento de debates com a comunidade universitária e com os sujeitos do campo, comissão pastoral da terra e ministério público federal", ressalta Lopes.

As inscrições podem ser feitas na abertura do evento e as taxas de inscrição variam de acordo com a categoria de cada participante. Estudantes de instituições de ensino público pagam R$ 10,00, servidores de institutos públicos superiores, professores da educação básica e comunidade em geral pagam R$ 20,00. Os minicursos tem um valor simbólico de R$ 5,00. Todas as taxas são para custeamento dos gastos com o evento.

Programação

10 de maio

9h Mesa-redonda - Os conflitos no campo do Brasil

Dr. Pedro Alexandre - Defensor Público Agrário
Edmundo Rodrigues Costa -CPT  
Dr. Júlia Rossi - Procuradoria do Ministério Federal

Tarde Minicurso - Trabalho escravo contemporâneo

Noite Conferência - Movimentos sociais e a expropriação camponesa para expansão do território do agronegócio: conflitos e resistência
Prof. Júlio César Suzuki

11 de maio

Manhã Mesa-redonda - As vozes dos sujeitos do campo contra a expropriação no norte do estado do Tocantins
João Batista - Sindicato Rural de Campos Lindos
Representante Quilombola - Ludimila 
Representante Indígena - Antônio Apinajé
Representante dos Posseiros - Dona Raimunda
Representante Jurídico do Centro de Direitos Humanos de Cristalândia - Dr. Silvano Lima Rezende

Tarde Minicurso - Agricultura e Urbanização na América Latina
Prof. Júlio César Suzuki

Noite Palestra - O agronegocio, o Matopiba e a realidade do campo no estado do Tocantins
Movimento Sem Terra
Participação da CPT, de professores e comunidades.

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