quinta-feira, 29 de setembro de 2016

Seminário internacional debate prática, saberes e olhares em comunicação

29.09.2016

Antonio Carlos Ribeiro

Palmas (TO) - A Universidade Federal do Tocantins viveu um momento especial no fim da semana passada com palestras, debates e apresentação de trabalhos sobre jornalismo e ensino. Promovido pelo Observatório de Pesquisas Aplicadas ao Jornalismo e ao Ensino (OPAJE), o seminário realizado entre os dias 22 a 25 reuniu pesquisadores docentes e discentes, tocou em assuntos como a história do jornalismo no Tocantins, a comunicação e democracia - em tempos de exceção – a qualidade e inovação, a publicidade e o greenwashing.

O tema da ética na formação e na profissão teve o destaque devido na conferência de João Canavilhas, filósofo da Universidade da Beira Interior, de Portugal, pela necessidade que ainda temos de conselhos certeiros de descendentes de nossos colonizadores e da cultura política de além-mar, na mesma noite em que foi lançada a exposição “História do Jornalismo: construindo comunicação e jornalismo no Estado do Tocantins”.

Na manhã seguinte a mesa composta por Nelson Russo de Moraes (UNESP), Suzana Gilioli Nunes (OPAJE-UFT) e Marta Pagán Martínez (Universidade de Múrcia, Espanha) trouxe reflexões sobre a Convergência da Comunicação com os campos da Democracia e Gestão Social. Os grupos de trabalho da tarde apresentaram análises e propostas de experiências em administração, comunicação e jornalismo tratando da sinergia entre o ISO 9001 e a inovação, as águas turvas da relação mídia-democracia, a educação ambiental, o binômio transparência-controle social, a comunicação democrática no ambiente rural e o jornalista como educador ambiental. 

Os temas debatidos lidaram o espaço agrário como comunidade tradicional e como ‘território’, a miscigenação entre indígenas e letos de Tupã, a sustentabilidade das universidades tradicionais, e estudo da aldeia Vanuíre. Debateram ainda o desenvolvimento de comunidades tradicionais, a publicidade e a lavagem verde, e a responsabilidade empresarial em tempos de impasses. E na noite de sexta, houve a palestra sobre Big Data, Jornalismo e Formação, de Walter Teixeira Lima Junior.

Foto: UFT/Augusto Cesar F. Barbosa

No sábado houve a mesa redonda 1, com o tema Ética na Comunicação, debatendo o papel dos observatórios na Comunicação/Jornalismo, com Rogério Christofoletti (UFSC), a ética no cenário brasileiro, com Maria José Braga, presidente da Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ), e os cuidados éticos dos jornalistas ao escreverem sobre indígenas, do Prof. André Demarchi (UFT). À tarde, os Grupos de Trabalho discutiram as experiências e formação em Jornalismo no Tocantins, o trinômio Comunicação-Tecnologias-Formação e a atuação profissional. O processo de Bolonha e a pós-graduação no Tocantins, a literacia digital de docentes em formação online, a multidirecionalidade na TV Pública brasileira e portuguesa, e o perfil do jornalista no Estado do Tocantins.

Os espaços de ação do profissional da Comunicação, Jornalismo e Educação suscitou temas como a evolução do Processo de Bolonha a partir da Conferência Ministerial de Ierevan, a comunicação no processo de ensino aprendizagem da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais, e o diagnóstico de comunicação da quadrilha “Pizada na Butina”. Os temas interdisciplinares e transdisciplinares em Comunicação, Jornalismo e Educação surgiram em reflexões como: ‘como estimular pela posição educativa, a motivação intrínseca?’, ‘A RUA É NOIZ: movimentos culturais urbanos’, ‘Mídias Educativas “Mais mulheres”: um centro de documentação interdisciplinar de gênero e comunicação’, e o ‘discurso jornalístico como fragmento da memória’. 

Os temas interdisciplinares e transdisciplinares em Comunicação, Jornalismo e Educação trouxeram ‘Reflexões sobre Gênero, Violência e Mídia’, ‘A mulher, o coturno e a mídia: o empoderamento feminino na função de Comando Militar no Quartel do 2º Batalhão de Polícia Militar em Araguaína’, o ‘concurso de redação como ferramenta de comunicação entre a Defensoria Pública do Tocantins e a Comunidade Escolar’, ‘Conceitos e narrativas trans no jornalismo’, e ‘A ideologia de gênero’ foram debatidos.  A Pesquisa e Extensão em Comunicação, Jornalismo e Educação destacou a Revista Observatório, as experiências de Jornalismo e redes sociais, a pesquisa, a extensão e a produção do conhecimento, e os relatos: redes sociais como espaço de comunicação e interação escolar.

Políticas de formação, competências e profissionalização do Comunicador-Jornalista foram temas da mesa redonda 2, a partir da Pós-Graduação em Comunicação, com Thais de Mendonça Jorge, a Comunicação pós-Bolonha, com Gilson Porto, e a Folkcomunicação no Tocantins, com Wolfgang Teske.

A História da Comunicação e do Jornalismo no Tocantins, tema da mesa redonda 3, reuniu jornalistas e pesquisadores em História do Jornalismo no Estado, ouviu relatos de Verônica Dantas, entre outros jornalistas do Tocantins, mediada por Alessandra Bonfim Bacelar Abreu Adrian (SINDIJOR / OPAJE-UFT). Em seguida houve a homenagem a jornalistas tocantinenses - incluídos os já falecidos - e a entrega do ‘Prêmio OPAJE 2016: História do Jornalismo: construindo comunicação e jornalismo no Estado do Tocantins’ aos presentes e seus representantes, na mesa mediada por Ana Carolina dos Anjos (UFT).

Foto: UFT/Augusto Cesar F. Barbosa

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