Palestra de João Canavilhas abriu o Seminário Internacional Opaje

26.09.2016

Aline Brito

Especialista renomado em Comunicação reflete o Jornalismo do século XXI, principalmente no que diz respeito à formação. Convidado pela Universidade Federal do Tocantins, o professor da Universidade da Beira Interior, de Portugal, João Canavilhas, fala sobre as mudanças no sistema midiático e as consequências disso para os profissionais da área. A palestra abriu o Seminário Internacional Opaje, que começou na quinta (22) às 19h, no auditório do Senac. O evento se encerrou no domingo (25).

Palestrante João Canavilhas, da Universidade da Beira Interior, em Portugal (Foto: Daniel dos Santos)

Jornalismo convergente

De acordo com Canavilhas, durante muito tempo, fazia-se uma formação de profissionais para televisão, para rádio e para imprensa. Agora se considera o novo perfil do consumidor e a nova forma de consumo. “Já não faz sentido dividir o jornalismo por meios, faz mais sentido pensar num jornalismo convergente num jornalismo dirigido a um tipo de consumidor móvel, que fundamentalmente consome a informação no seu celular ou no seu tablet”, pontua. 

Canavilhas explica que uma informação para a televisão não pode ser elaborada da mesma maneira para um smartphone, por exemplo. “A notícia não pode ser feita da mesma forma, porque isso implica mudanças em termos de linguagem, em termos de construção da história. Implica trabalhar mais com o audiovisual e menos com textos”, disse.

Mudanças na formação

O palestrante comenta que todo o jornalismo deve ser repensado a partir do momento em que o consumidor assume novas características, . “Temos que pensar a formação de uma maneira diferente. Temos que pensar a formação dos jovens jornalistas para produzirem conteúdos para este tipo de público”, reforça. 

Novas tecnologias

Na visão de Canavilhas, as novas tecnologias para o jornalismo são, ao mesmo tempo, uma oportunidade e um obstáculo. Quando o profissional se vê obrigado a trabalhar com novas ferramentas, novas linguagens isso torna-se um obstáculo. “Alguns profissionais já estavam formatados com um determinado tipo de meio ou de canal. Mas são, também, uma oportunidade, porque podem vencer este desafio e aprender a trabalhar com elas. Essas novas tecnologias permitem chegar mais longe, com muito mais pressa a um público mais vasto”, frisa.

O professor defende a importância de se ter uma mentalidade aberta. Para Canavilhas, o mais difícil é vencer a resistência de querer aprender a fazer as coisas de outra maneira. 

Seminário

O evento é organizado pelo Núcleo de Pesquisa e Extensão Observatório de Pesquisas Aplicadas ao Jornalismo e ao Ensino (Opaje), da (UFT) em parceria com o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado do Tocantins. O evento conta com parceiros como  Federação da Indústria do Tocantins, Energisa, Senac, Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Sociedade da UFT, Rede Internacional de Pesquisadores sobre Bolonha, Instituto de Pesquisa e Extensão Comunicação, Linguagens e Sociedade, Grupo de Pesquisa em Democracia e Gestão Social, Força Sindical e Federação dos Sindicatos dos Servidores Públicos do Estado do Tocantins.

Transcrito de http://ww1.uft.edu.br/index.php/noticias/16749-palestra-de-joao-canavilhas-abre-o-seminario-internacional-opaje

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