sábado, 9 de dezembro de 2017

Editorial - Direitos Humanos, tema de debate inclusivo

09.12.2017

O tema dos Direitos Humanos surge da assembleia da Organização das Nações Unidas (ONU), que cresceu significativamente a partir de seu surgimento em 10 de dezembro de 1948, cerca de apenas três anos e meio após o fim da Segunda Guerra Mundial, o conflito que matou entre 50 e 80 milhões de pessoas, gerando profundo impacto na consciência humana, ensinou Eric Hobsbawm.

Esse conjunto de fatos teve um impacto moral e social de proporções significativas, pelo fato dos conflitos estarem concentrados em grande parte num único continente, a Europa, marcada por sua força política, econômica e industrial, e por ter conflagração entre países de expressão religiosa majoritariamente cristã, diferente dos conflitos anteriores com o mundo oriental e as demais religiões, forçando o debate da nova geopolítica mundial. Esse é o pano de fundo. A reflexão vem de Morin.

O filósofo francês Edgar Morin é quem nos ensinou fugir ao mito das respostas universais. Para ele, a racionalidade autêntica é a capacidade de quem se dispõe à abertura e ao diálogo, aprende a lidar com a esfera da afetividade e da irracionalidade, e se torna consciente do grau de incerteza das análises e se mantém aberta ao mistério da vida: o fim do conhecimento é participar de um diálogo com o universo.

Segundo ele, compreensão, solidariedade e compaixão representam esses valores. A compreensão é um 'recolher sem excluir', 'entender junto' com os outros, 'acolhendo' indivíduos e culturas. Já a solidariedade é se 'dispor à  unidade', típica de quem escolhe 'caminhar com os outros'. E a compaixão, que é 'se dispor a participar do sofrimento alheio', aceitando reconhecer a sorte do outro como algo que vale também para mim.

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