quinta-feira, 6 de julho de 2017

Projeto visa otimizar o ganho de peso e o abate precoce do gado

06.07.2017


Caroline Falcão 

Gado estudado no projeto em confinamento no pasto. (Foto: Caroline Falcao/UFT)

Com o objetivo de promover a difusão de tecnologias inovadoras para a fase de recria do gado bovino, com sustentabilidade, a Universidade Federal do Tocantins (UFT), em parceria com empresas do seguimento do agronegócio em nutrição animal, realizou apoio técnico e científico na condução de um projeto piloto demonstrativo do sistema intensivo de produção de bovinos a pasto.

O trabalho foi realizado em uma propriedade particular a 13 km do município de Araguaína, norte do Tocantins, no período chuvoso (janeiro a junho de 2017). Durante a condução da vitrine tecnológica foram realizadas várias visitas técnicas com produtores e, ao término, foi fechada com o evento Café no Campo, onde foram divulgados os resultados para pecuaristas, técnicos, estudantes e imprensa.

Projeto sendo apresentado aos produtores em Araguaína. (Foto: Curso de Zootecnia/UFT)

Para o professor Elcivan Bento da Nóbrega, especialista em pastagens  da UFT, o foco do projeto foi reduzir o tempo de duração da fase de recria do gado, visando à antecipação da fase de engorda e a oferta de garrotes de melhor valor agregado, para permitir girar mais rápido o capital investido na atividade, o que pode resultar em maior lucro para o pecuarista.

"Aqui na região a fase de recria costuma durar ao redor de 18 meses e a intenção com o projeto foi diminuir para 6 a 8 meses. Aí os animais estarão prontos para entrarem na última fase, a de engorda, que pode ser feita no pasto ou em confinamento, quando então são comercializados para o abate", explica.

O professor ressalta ainda que para a implantação do projeto foi necessário para realizar a melhoria da fertilidade do solo e o estabelecimento da pastagem com uma forrageira de alto potencial de produção (capim Mombaça). "Nós tratamos o pasto como uma lavoura, corrigimos o solo, adubamos e manejamos para permitir uma alta lotação animal e qualidade na forragem consumida. Além disso, os animais receberam uma suplementação proteica energética e, com esse manejo, conseguiram atingir o ganho médio diário de 767g", destaca Elcivan. 

Produtores em visita ao local do projeto. Foto: Curso de Zootecnia/UFT)

“Os resultados obtidos no projeto são animadores, pois revelaram que esse sistema de produção pode ser mais rentável, frente a outros sistemas de produção primária, como por exemplo, os de soja, cana-de-açúcar e eucalipto, que demandam grandes investimentos de capital, maiores áreas de terra e nível de risco financeiro maior. A produtividade animal alcançada foi de 46 arrobas por hectare em 180 dias, enquanto a média brasileira situa ao redor de 4 arrobas por hectare no ano”,  finalizou.

As características gerais do projeto, seus índices de produtividade bem como alguns indicadores econômicos podem ser vistos no quadro abaixo:

1 Considerando 50% de rendimento de carcaça.
2 Considerando o valor de venda da @ a R$ 125,00.

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