terça-feira, 4 de abril de 2017

Seminário debaterá conflitos e resistências entre movimentos sociais e expansão do agronegócio

04.04.2017


Paulo Aires

“Os movimentos sociais e a expropriação camponesa para a expansão do território do agronegócio: conflitos e resistência”  é o tema do II Seminário Integrado, promovido pelo Grupo de Estudos Agrários de Direitos Humanos (GEADH) em parceria com a Comissão Pastoral da Terra (CPT). O evento ocorrerá nos dias 10 e 11 de maio,  no Câmpus de Araguaína. As inscrições são presenciais e estão abertas desde o dia 24 de março e vão até 10 de maio, início do Seminário. O local de inscrições é no laboratório LEADH, sala 02, bloco C – Unidade Cimba do Câmpus de Araguaína.


Segundo o coordenador do seminário, professor Alberto Lopes, o objetivo geral é “compreender a questão agrária no Brasil e especificamente no Estado do Tocantins a partir da concentração fundiária e do resultado de manifestações dos movimentos sociais em defesa do acesso a terra, do acesso a água e do acesso ao trabalho.”

Como abordagem geral do tema do evento, Lopes ressalta ainda que a história da estrutura fundiária brasileira baseia-se na concentração da terra nas mãos de poucos, constituída pela exploração da mão-de-obra seja ela escrava ou livre para a produção da monocultura e acumular riquezas. Dessa maneira, as políticas da questão agrária no Brasil sempre valorizaram o poder de dominação dos donos dos meios de produção, criando leis para favorecer a expansão da grande propriedade e garantir a concentração das riquezas.

Programação

Na programação, estão previstos debates, oficinas, apresentação cultural e mesas-redondas acerca dos temas "As vozes dos sujeitos do campo contra a expropriação no norte do Estado do Tocantins"; "A agricultura e urbanização na América Latina"; "Trabalho escravo"; "O agronegócio, o Matopiba e a realidade do campo no estado do Tocantins"; "Os movimentos sociais e a expropriação camponesa para a expansão do território do agronegócio: conflito e resistência".

Entre os objetivos específicos do Seminário estão a discussão do papel dos movimentos sociais na luta pela terra, pelo processo de exclusão e expropriação camponesa pelo agronegócio baseado na concentração da riqueza e aumento da miséria; a análise das formas de conflitos gerados pela água, pela terra e pelo trabalho para manter a concentração da riqueza pelos os donos dos meios de produção; a discussão com os movimentos sociais e instituições governamentais e não governamentais sobre a questão da reforma agrária no país, o direito a terra como elemento primordial para a vida camponesa; e debate sobre os direitos fundamentais como saúde, escola, segurança, água, na perspectiva dos direitos humanos.

O evento tem inscrições de variam de R$ 10 a R$ 20, conforme o público (veja quadro abaixo), e a participação nos minicursos demanda investimento de R$ 10.

Valor das Inscrições:

Alunos/as das IES: R$ 10
Servidores das IES: R$ 20
Comunidade externa: R$ 20
Minicursos: R$ 10

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