sábado, 11 de março de 2017

Editorial - Geografia é chamada a enveredar por caminhos interdisciplinares

11.03.2017

A aula inaugural do Programa de Pós-Graduação em Estudos de Cultura e Território, apresentada pelo Prof. Dr. Sylvio Fausto Gil Filho, tratou de um tema instigante para a Geografia e para as Ciências Humanas: o diálogo de saberes só aparentemente distantes.


O tema da palestra 'Geografia Cultural - caminhos epistemológicos' já aponta para o saber conhecido como Serendipidade, expressão criada pelo escritor britânico Horace Walpole, em meados do século XVIII no conto infantil Os três príncipes de Serendip.

Ao narrar as aventuras de três príncipes do Ceilão, hoje Sri Lanka, Walpole os mostra fazendo descobertas imprevistas, resultados interessantes - mesmo sem terem aplicação imediata - , que se tornavam soluções acidentais para problemas jamais discutidos e frutos apenas de sua observação, sagacidade e disponibilidade mental para outras possibilidades.

Pode até ter havido certa impaciência dos que estão acostumados às reflexões típicas em seu campo de pesquisa, e imagino, certa euforia de ouvir um geógrafo e historiador, que assume uma postura pós-estruturalista, debate as visões epistemológicas e se entrega a leituras na área de Cultura, que lhe animam a buscar mais do que os limites rígidos permitidos por sua área específica.  

E para animar seus colegas de área aos estudos da Geografia Cultural, como uma tendência que possibilita enxergar o mundo da cultura como algo a ser geografizado, alfineta.

Sylvio é pós-doutor em Epistemologia da Geografia Humana pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS (2010), doutor em História pela Universidade Federal do Paraná - UFPR (2002), mestre em Geografia pela Universidade Estadual Paulista - UNESP - Câmpus Rio Claro (1995) e bacharel e Licenciado em Geografia pela Universidade Federal do Paraná - UFPR (1986).

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